Major 'ensina' grupo a protestar em São Paulo

FONTE: O POVO
POLÍTICA
20/09/2013

PM DE SÃO PAULO 

Major 'ensina' grupo a protestar em São Paulo

Um policial militar escalado para acompanhar um protesto que reuniu cerca de 30 pessoas na noite de quinta-feira na região da avenida Paulista assumiu um papel muito diferente daquele que os manifestantes se acostumaram a esperar. Enquanto negociava com ativistas que tentavam ocupar o corredor de ônibus da rua da Consolação, o major da PM Clécio da Silva atentou para outro grupo que conversava sobre a faixa de pedestres. Segurou pelo braço um rapaz com pano no rosto, carregando um cartaz com os dizeres: “Os mensaleiros estão rindo de vocês! Acordem!”.

“Garoto, tem vergonha de manifestar?”, perguntou o major. Ele não respondeu, mas o policial o conduziu mesmo assim até a calçada, do outro lado da rua. “Pronto, fica segurando o cartaz aqui, de frente para os carros”, instruiu.

LIÇÃO
QUE PRECISAMOS APRENDER E ENSINAR!

FAÇA SUA PARTE!

Um quadro confuso e preocupante

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
POLÍTICA

COLUNA
Edilmar Norões
edilmar@diariodonordeste.com.br
17.09.2013

Um quadro confuso e preocupante

Na medida em que as autoridades, apoiadas na legislação, procuram dar encaminhamento aos problemas que envolvem o presidente da Câmara de Juazeiro do Norte, Antônio de Lunga, não deixa de ser preocupante que, ao largo dessas ações da Justiça, um grupo de pessoas resolva, invadindo a sede do Legislativo, ali se instalar, inclusive, impedindo que a Casa promova suas sessões. Esse, pelo menos, é o relato feito para a coluna por juazeirenses que, no misto de preocupação e decepção por essas ocorrências, não entendem pelo que não deixa de terminar sendo omissão de quem, por suas prerrogativas, bem que poderia agir de forma a que tão lamentáveis e inaceitáveis fatos estivessem a ocorrer. Punição para os culpados, sim. O que, claro, cabe às autoridades no cumprimento da lei.

É...


Fonte: Diário do Nordeste
Caderno 3
COLUNA

É...

neno@diariodonordeste.com.br
15.09.2013


"Depois de conviver dez anos próxima da política, não me permito mais ingenuidades; acreditar em tudo que me dizem, em tudo o que eu vejo"

Patrícia Pillar
Atriz

Troca de gentilezas

Fonte: Diário do Nordeste
COLUNA
Regina Marshall - Gente
marshall@diariodonordeste.com.br
15.09.2013


História real

Troca de gentilezas

Telegramas trocados entre o dramaturgo Bernard Shaw e Churchill, seu desafeto. Convite de Bernard Shaw para Churchill: "Tenho o prazer e a honra de convidar o digno primeiro-ministro para primeira apresentação de minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver.
Bernard Shaw".

Resposta de Churchill:
"Agradeço o ilustre escritor honroso convite... Infelizmente não poderei comparecer à primeira apresentação. Irei à segunda, se houver.
Winston Churchill"

É...


FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

COLUNA
É...
neno@diariodonordeste.com.br
13.09.2013

Bajular pra que?


O médico Arruda Bastos, exonerado da Secretaria de Saúde, irá disputar as eleições do ano que vem? Se não vai, o PC do B - tão submisso ao governador - fica mal no filme, ainda mais porque o sucessor na Pasta já chegou criticando tudo.

Sim, é verdade...

FONTE: O POVO

COLUNAS
LÚCIO BRASILEIRO
 13/09/2013



Sim, é verdade...

...político corrupto para mim funciona como vomitório, Óleo de Rícino dos bons.

Carro de prefeito é localizado em Maracanaú

FONTE: O POVO
12/09/2013

COTIDIANO
RETIRADO DO DETRAN 

Carro de prefeito é localizado em Maracanaú

O carro do prefeito de Acarapé, Franklin Veríssimo (PSB), que havia sumido do pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), foi localizado, ontem, no município de Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. O prefeito recebeu uma ligação anônima que informava sobre a localização de sua Hilux.
“Recebi uma ligação de uma pessoa que disse ter comprado o carro na Feira da Parangaba por R$ 20 mil. Disse que viu uma reportagem sobre o caso e não sabia que o carro era roubado”, relata Veríssimo. Ainda segundo o prefeito, no telefonema, o homem se identificou apenas como Antônio. O suposto comprador do carro informou o local exato onde deixaria o veículo, nas proximidades de uma loja de peças para motocicletas, na avenida Senador Carlos Jereissati. “O carro estava aberto e com a chave em cima do banco”, diz o prefeito.
Na tarde de ontem, a Hilux passou por vistoria na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC). Não foram encontradas irregularidades na identificação da caminhonete, como número de chassi e placas. A caminhonete foi encaminhada à Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), que investiga o caso. Franklin Veríssimo informa que já comunicou ao Detran que a Hilux foi encontrada.
O veículo havia sido apreendido por estar estacionado em local proibido no bairro Aldeota, há cerca de 35 dias. Na última segunda-feira, 9, o motorista particular esteve no Detran para regularizar a situação e descobriu que o carro havia desaparecido. Segundo a assessoria de comunicação do Detran, o veículo foi retirado no dia 27 de agosto por uma pessoa que usou documento de identidade falso em nome do prefeito e ainda pagou cerca de R$ 4 mil em multas e diárias. (Lusiana Freire)




VIOLÊNCIA ASSUSTA EM MARACANAÚ

“VIOLÊNCIA ASSUSTA EM MARACANAÚ
CRIMES. Sete pessoas foram assassinadas em apenas quatro dias , no Município de Maracanaú. A maioria dos homicídios foi praticada a tiros e o motivo é ignorado.”
DN, 12.98.2013, pág. 12.

Maranguapinho no foco

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
COLUNA
Vaivém
vaivem@diariodonordeste.com.br
11.09.2013


Maranguapinho no foco


No primeiro dia de trabalho após assumir a Secretaria das Cidades, Carlo Ferrentini afirmou que a prioridade da sua gestão é continuar os projetos em andamento do antigo secretário, o deputado estadual Camilo Santana, e fortificar ações sociais. O foco é principalmente o projeto Maranguapinho e a fortificação das relações com bancos como Caixa Econômica e Banco do Brasil. Ferrentini deu ênfase ainda à conclusão do projeto de reurbanização das áreas de risco às margens do Rio Maranguapinho e garantiu que as intervenções devem ser concluídas em outubro.
O secretário viajou ontem a Brasília, na companhia de Camilo Santana, para pleitear a segunda fase do Cidade Jardim, no bairro José Walter. O projeto está dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.

Assustando a corrupção

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

Debates e ideias

 08.09.2013

Assustando a corrupção

Certo dia, Adonias se enfeitiçou por uma filha de Iansã, foi pra Salvador e escreveu que não voltaria mais. Eu entrei em desespero e jurei não me envolver com mais ninguém - com a ajuda de Deus, criaria o meu filho! Meses depois houve o concurso da Polícia Militar e fui aprovada. Após a fase de treinamento, fui destacada para o patrulhamento na Beira-Mar, em dupla com um colega, quase sempre de manhã. Ali, as pessoas que caminhavam ou corriam, eram rostos anônimos, pouco a pouco tornados familiares.

Com o tempo percebi que um senhor olhava demoradamente para mim. Até então, nenhum bom-dia, nenhum aceno onde minha intuição enxergava carência e solidão.

Veio o Dia Internacional da Mulher e ele me surpreendeu com um ramalhete silvestre. Eu timidamente agradeci, sob a ironia leve do colega. Sem saber o seu nome, a partir daí os bons-dias se sucederam de maneira formal.

No Dia dos Namorados, passou apressado e deixou um cartão com um pequeno embrulho. Tamanha a surpresa, foi tudo tão rápido, eu nem pude recusar. Havia o número do telefone e um anel. À noite, liguei hesitante e agradeci. Dias depois nos encontramos. Ele era viúvo e não queria mais viver sozinho.

Esperei o tempo de Deus e nos casamos. Vicente é engenheiro, eu deixei a Polícia e me formei em contabilidade. Trabalho no seu escritório de projetos e somos uma família normal. O meu filho estuda arquitetura e o tem como um verdadeiro pai. Nós conversamos bastante e estamos indignados com a situação atual. Assim, participamos ativamente das últimas manifestações.

Numa delas, estivemos à frente da multidão, eu entre Vicente e o meu filho, braços dados a universitários, secundaristas e profissionais liberais.

À entrada do prédio, havia uma barreira policial, porém ex-colegas me reconheceram e nos deixaram avançar. Na tribuna um demagogo homenageava um vagabundo qualquer.

Não sei como, mas logo atrás de nós surgiu um grupo de mascarados fortões trazendo barra de ferro, corrente e soco-inglês. Foi uma correria geral.

No plenário, em pânico, o velho corrupto desmaiou. Outro, sob a ameaça de um porrete, jurava defender o povo desde o tempo de líder sindical. O secretário elegante teve um chilique, caiu nos braços do enrustido e os dois fugiram para o banheiro das mulheres. Uma gorda se escondeu embaixo da mesa e pareceu sufocada. O histriônico se borrou todinho e a grande liderança ficou toda urinada.

De tão hilariante o espetáculo, o pessoal nada quebrou e se sentiu vingado. Saímos rapidamente pela porta dos fundos e a PM fez de conta que ia atrás. Dei um tchauzinho pros ex-colegas e a massa iniciou o Hino Nacional.

Ninguém parava de rir e Vicente era só felicidade: ele é de sessenta e oito, participou da passeata dos cem mil e ainda não perdeu as ilusões.

Demóstenes Ribeiro
Cardiologista clínico

Mercado de trabalho médico, Estado e sociedade

FONTE : O POVO

ARTIGO 07/09/2013
JORNAL  DE HOJE
OPINIÃO

Mercado de trabalho médico, Estado e sociedade

O mundo capitalista do trabalho vive permanente tensão entre as reproduções da força de trabalho e do capital, segundo a clássica formulação marxista, não superada teórica ou politicamente. E isso nos obriga a refletir sobre cada categoria profissional, em cada formação social específica. É o caso do trabalho médico, no Brasil atual.
Sob a hegemonia das leis do mercado, marcadas ética e logicamente por lucro e agregação de valor, o trabalho médico tende a se concentrar, onde o fazem dinheiro, possibilidades de consumo, tecnologias de ponta, dispositivos de prestígio e sucesso. Assim, abandonam-se o serviço público, o interior do País e as periferias socialmente desqualificadas das cidades. Cada médico, fortalecido, pode submeter os secretários da Saúde ao arbítrio de suas exigências: só assumo se por R$ 40 mil/mês e somente três dias/semana.
Sob a hegemonia das leis do Estado, marcadas ética e logicamente por impessoalidade, universalidade, direitos e deveres, o trabalho médico tende a ser transformado em peão estratégico de políticas massificadoras, com alocação compulsória e nivelamento de formação e de agregado tecnológico. Assim, abandonam-se os  estímulos à educação continuada e aos ideais de aprimoramento, pela rotina burocrática e acrítica das práticas. Cada secretário da Saúde, fortalecido, pode submeter os médicos ao arbítrio de suas exigências: só pago R$ 4 mil/mês, por cinco dias/semana e um plantão/mês adicional. 
Este momento testa a inteligência política das associações médicas – socioculturais, sindicais, reguladoras – para o exercício da articulação e do equilíbrio. Tornar-se feitoria do Estado, aderindo ao autoritarismo patrimonialista e à captura pelo condomínio situacionista, as deslegitima. 
Tornar-se feitoria do mercado, aderindo ao corporativismo xenófobo e à captura pelo condomínio oposicionista, as deslegitima. Essas hegemonias resultam em perversões simétricas. Mas, hoje, sobra sentimento de irrelevância e falta inteligência política.

Jackson Sampaio
jose.sampaio@uece.br
Reitor da Universidade Estadual do Ceará (Uece)


Imoralidade

Fonte: Diário do Nordeste
COLUNA

Regina Marshall

marshall@diariodonordeste.com.br
06.09.2013

Imoralidade

Não é só em Brasília onde campeiam as imoralidades e exigem que população vá às ruas contra os desmandos dos governantes. Principalmente quando parte daqueles que têm o dever de fiscalizar os atos de improbidade administrativa. No Ceará há casos gritantes. Um exemplo é o fato de o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Francisco de Paula Rocha Aguiar, mandar arquivar o processo de improbidade administrativa contra a prefeita de Camocim, Mônica Aguiar, porque a ação tramitou por cinco anos (prescreveu). O "esquecimento" desse processo ocorreu porque nenhum conselheiro teve a "coragem" de dar um parecer favorável ou contra às contas dela quando ainda era secretária naquela Prefeitura. Por "coincidência", ela é nora do presidente do TCM, já que é casada com o deputado Sérgio Aguiar. É assim que funciona a transparência daquela Corte?

O fantasma brasileiro não usa jaleco


FONTE: JORNAL O POVO/ OPINIÃO

02/09/13



O fantasma brasileiro não usa jaleco


Felipe Araújo

felipearaujo@opovo.com.br 
Editor-chefe de Cultura e Entretenimento
 do O POVO

Alguns dos melhores seres humanos que conheço são médicos. São amigos, parentes ou interlocutores na relação paciente-terapeuta que personificam exemplos de vocação e comprometimento. Também conheço outros tantos que não são dignos de usar um jaleco. São “doutores” formados – na universidade e, sobretudo, em casa – sem nenhum lastro humanitário, que veem a profissão apenas como um patamar de status financeiro (e também moral); e que têm muito menos vocação para a medicina do que para o comércio.
Entre uns e outros, há os que são contra o programa Mais Médicos. E defendem sua posição com argumentos razoáveis – a precariedade na relação com as prefeituras, a falta de uma carreira de estado e de condições de trabalho em muitos locais (vide a situação atual do HGF) etc.
Outros tantos são a favor. E defendem o projeto com argumentos igualmente produtivos – a medicina tem de ser mais humanizada; o programa não se propõe a resolver o problema da saúde brasileira como um todo, mas atenuar dramas localizados (e urgentes); a categoria não pode usar seu prestígio como instrumento de barganha de mercado etc.
Portanto, ser contra ou a favor do projeto não os torna mais ou menos exemplares. Apenas os transforma em interlocutores com perspectivas diferentes sobre o problema.
Mas há quem queira fazer do debate democrático um embate xenófobo. Há quem queira envenenar, com ódio, intolerância e falso moralismo, o que poderia ser uma rica dialética. Entre esses, estão médicos, mas também sindicalistas, políticos e jornalistas, arautos de um efervescente caldo de preconceito que resultou em episódios deploráveis como a hostilidade aos médicos cubanos em Fortaleza.

Esse me parece o fantasma mais perigoso para o Brasil. Não os médicos cubanos. E também não o corporativismo dos médicos brasileiros. Mas nossa incapacidade de lidar com o outro. Alimentada pela voz dos que só sabem cultivar desinformação e estupidez. Esses são os piores seres humanos que conheço.

Em defesa da democracia

FONTE: JORNAL O POVO/ OPINIÃO

ARTIGO 02/09/2013


Em defesa da democracia


Roberto Luiz d’Avila
Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM)

O Brasil repousa sobre um conjunto de regras que estabelecem direitos, deveres, limites e possibilidades. Esta é âncora da vida em sociedade. Como o País não é uma anarquia nem uma ditadura, cabe às instituições alertar para atos que, de algum modo, agridam este equilíbrio.

Isso ocorre quando deparamos com situações incompatíveis com a existência do Estado Democrático de Direito. Por exemplo, no fechamento de acordos que possibilitam situações de agressão às leis e aos direitos humanos e individuais dentro do nosso país.

No caso dos “médicos importados de Cuba”, é preciso estar alerta para que medidas coercitivas de regimes ditatoriais não se reproduzam nos municípios do com a desculpa de que essas pessoas estão nestes locais para “atender a população”. Se a dificuldade de acesso à assistência é fato, não é com medidas deste tipo que vamos resolvê-la. Ou será que chegamos a um tempo onde vale tudo?

Em meio à celeuma implantada, estrategicamente o Governo confunde o cenário, endeusando heróis (os médicos estrangeiros) e apontando vilões (os 400 mil médicos brasileiros). Contudo, ignora de propósito os motivos da reação da categoria e de importantes setores da sociedade.

Entre estes pontos, destaca-se o desrespeito às leis que exigem que formados em Medicina em outros países atuem no Brasil apenas após revalidarem seus títulos e comprovarem que sabem português. Junte-se a isso a estranha tranquilidade como a gestão pública admite sua falta de transparência na tomada de decisões e seu desinteresse em debater questão tão séria com toda a sociedade.

Esse comportamento autoritário não faz nada bem ao País. Para a Constituição, a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Mas o atendimento dessa premissa precisa ser equacionado com estratégias eficazes e seguras. Agir fora desse perímetro é avançar perigosamente para uma zona cinzenta de consequências imprevisíveis.