APRENDIZAGEM E LUTA DE CLASSES


APRENDIZAGEM
E LUTA DE
CLASSES



Em dois instigantes textos publicados em “O Povo” – Fortaleza, 05/04/09 e 03/05/09 – André Haguette começou a colocar as mãos na massa e, consequentemente, mostrar a ponta do Iceberg da problemática do ensino-aprendizagem no Brasil.
Em Aprendizagem na escola pública lemos:

“...perguntei a um colega que foi secretário de Educação em um município próximo a Fortaleza e onde a educação é valorizada...”

Será mesmo valorizada?
A escola estatal já foi valorizada e já ensinou. Quando era exclusiva das elites...
Podemos ainda ler no texto de 05/04/09:

“...Na nossa escola de Ensino Médio houve eleição segunda-feira e terça-feira não houve aula em homenagem ao novo diretor!”

A cadela está com lepra, não tenhamos dúvida, mas já construímos cura para a hanseníase...
Respeitemos quem é contra eleições para os Núcleos Gestores. E a coerência? São, também, contra eleições para o Legislativo e Executivo?
Quem, contudo, nas disputas eleitores defende eleições para os núcleos gestores e quando nos governos não cumpre o prometido precisa ser desmascarado(a)...
Em Luta de Classes na Educação (Eureca! Bravo André! Parabéns!) André descobre a pólvora:

“...A escola reproduz a desigualdade social e a luta de classes.”


E pergunta:

“O que fazer então?”


Nestes dois textos de André Haguette encontramos causas e caminhos que podem e devem ser seguidos...

* “...As escolas poderiam, sem muitas dificuldades, dobrar ou triplicar o rendimento escolar de seus alunos...”
* “...As principais deficiências não se encontram no arcabouço geral de nosso sistema educacional, mas no dia-a-dia da escola.”
* “Há necessidade de encontrar meios para evitar a acomodação e impulsionar o entusiasmo e o surgimento de profissionais empenhados em formar um time coeso em torno da ‘elevação já’ do rendimento escolar.”
* “...Mais grave do que tirar notas baixas no ENEM é não se escrever no ENEM...”
* “...Revolução na estrutura econômica e social do país...”

A “Revolução na estrutura econômica e social do país” está em curso. Precisamos acelerá-la na Lei e na DEMOCRACIA...
Democracia que não pode e não deve prescindir, concomitantemente, de ética, liberdades e transparência.
A revolução que precisamos e pode se tornar realidade – e já! – terá como armas a educação e reeducação. Reeducação, principalmente, dos responsáveis pela educação...
Educação e reeducação, também e especialmente, das lideranças das classes trabalhadoras e de todas as modalidades de explorados, oprimidos e excluídos para que possamos devolver, coerentemente, lutas por justas reivindicações e consigamos mais e mais vitórias...
As instituições de ensino-aprendizagem do Brasil podem e devem se transformar no principal espaço de nossa reeducação e educação. Temos, contudo, que desprivatizá-las para que comecemos “dobrar ou triplicar o rendimento escolar”.
O problema maior da escola estatal é que ela não é pública, pois o Estado brasileiro é privatizado no grosso e no varejo.
As famílias abastadas não colocarão seus filhos na escola estatal, mas podem participar da luta por uma revolução na estrutura econômica e social do nosso país.

“Deixar tudo como está para ver como fica”?
Precisamos fazer acontecer! Você tem feito a sua parte André. Continue!

Maracanaú/Ce, 08 de maio de 2009


Cândido Pinheiro Pereira
Prof. Cândido é concursado do Estado do Ceará e da Prefeitura de Maracanaú, lotado no Martins Filho e no Evandro Aires



08 de maio de 1958

Lançado o livro Os donos do poder, de Raymundo Faoro. A obra aponta o período colonial como origem da corrupção e burocracia no país, colonizado pelo Estado Absolutista português. De acordo com o autor, toda a estrutura patrimonialista foi trazida para cá. No entanto, enquanto isso foi superado em outros países, acabou sendo mantido no Brasil, mesmo com o advento e vigência da República, tornando-se a estrutura de nossa economia política.

Agenda 2009
120 Anos da República
Fundação Astrojildo Pereira



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