O CEGO QUE ENXERGOU


O CEGO
QUE ENXERGOU


Em “O Povo” – 26/04/2009 – Elio Gaspari informa / lembra o Caso Eichman:
LEIA:

...O coronel Adolf Eichmann, da tropa de elite nazista, foi o gerente da máquina de extermínio que matou cerca de seis milhões de judeus.
Acabada a guerra, escondeu-se e, em 1950, fugiu para a Itália. De lá foi para a Argentina. (Seu navio passou rapidamente pelo Rio.)
Com o nome de Ricardo Klement, Eichman viveu entre fracassos e pequenos empregos. Morava com a mulher e os dois filhos na periferia de Buenos Aires, numa casa sem água, luz ou esgoto. Fingia ser o segundo da viúva do coronel, mas os filhos usavam seu sobrenome. Um deles, Nick, defendeu o extermínio dos judeus durante uma conversa na casa de uma namorada. O pai da garota, Lothar Hermann, era um advogado cego que ocultava sua ascendência judaica e perdera a visão na Alemanha, depois de uma surra de nazistas. Ele passou suas suspeitas adiante. Em 1958, um agente do Mossad foi mandado a Buenos Aires, vigiou a casa onde vivia o suspeito e concluiu que o poderoso Eichmann jamais viveria num fim de mundo. Acreditava-se que ele enriquecera pilhando e extorquindo judeus.




Lothar Hermann insistiu. Um segundo agente reuniu-se com ele e, a partir daí, a operação começou a ser montada. O resto é história.
Eichmann foi capturado em maio de 1960 quando desceu de um ônibus.
Levado secretamente para Tel Aviv, foi julgado e enforcado em 1962.

Elio Gaspari lembra o Caso Eichmann a propósito do caso dos deputados viajantes. Que na sua opinião é apenas “um aperitivo. Vem aí uma chuva de meteoritos”.
E continua: “Os alemães não queriam procurar seus bandidos, os americanos queriam cooptá-los. Em suma, parecia melhor fingir que não se via. O cego viu”.
Estamos, no Brasil, protegendo bandidos? Quem? Quais?
Estamos cooptando bandidos? Quem? Quais?


Precisamos aprender e ensinar que quem rouba é ladrão e quem engana é estelionatário e que política “é o processo social através do qual poder coletivo é gerado, organizado, distribuído e usado nos sistemas sociais”.

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